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Projeto Ametista e o potencial econômico para os municípios gaúchos da fronteira com o Uruguai
![](https://gramadomagazine.com.br/wp-content/uploads/2021/08/geo.jpg)
A pesquisa tem a autoria dos geólogos Magda Bergmann, Paloma Gabriela Rocha, Andrea Sander e Giovani Parisi. O local escolhido para o lançamento foi o GEO Museu de Gramado que possui uma grande exposição de ametistas (inclusive uma peça de sete toneladas), extraídas da região uruguaia estudada.
Os municípios gaúchos da fronteira não exploram o potencial da região para ametistas. Enquanto que, do outro lado da fronteira, os vizinhos uruguaios já exploram as jazidas há mais de 50 anos. Dados apontam a produção de 1.689 toneladas de ametista, ao ano, no lado uruguaio. A extração de ametista acontece em oito municípios do Rio Grande do Sul, mas principalmente em Ametista do Sul. São mais de 200 garimpos na região. O total da produção que é exportada chega a 95%, a maioria para China, Estados Unidos e países da Europa.
O setor movimenta cerca de R$ 500 milhões por ano para a economia gaúcha. No ano passado, houve uma queda de 10%, mas o dólar valorizado ajudou na recuperação. Em Soledade, a indústria representa 50% da economia; o número é ainda maior na cidade de Ametista do Sul, onde o setor corresponde a 70% da atividade econômica.
“São grandes lavas uruguaias produtoras de geodos e de ametistas. O setor de mineração em si movimenta toda uma cadeia de serviços. A perspectiva de beneficiamento local destas gemas teria foco central em Santana do Livramento beneficiando Quaraí e até Alegrete”, destaca a pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Magda Bergmann.
Segundo a pesquisadora, o mais importante no momento é sensibilizar os empreendedores da região que estão focados na exploração de ágatas. Eles precisam ser incentivados a investir na exploração das jazidas de ametistas que estariam abaixo das jazidas de ágatas nos municípios gaúchos. Esta é a
“Podemos ter uma exploração a longo prazo como do lado uruguaio, e também a exportação para mercados como o da China, por exemplo”, completa Magda.
Participaram do evento em Gramado, que também marcou as comemorações dos 52 anos do Serviço Geológico do Brasil, o diretor-presidente do SGB-CPRM, Dr. Esteves Colnago, o diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB-CPRM, Dr. Márcio Remédio e o prefeito de Gramado Nestor Tissot.
Aqui o estudo completo Áreas de Relevante Interesse Mineral (ARIM) – Modelo Prospectivo para Ametista e Ágata na Fronteira Sudoeste do Rio Grande do Sul: http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/18795
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