Discussões sobre a ocupação urbana seguem sendo debatidas pelo Legislativo de Gramado e convidados especializados
O Teatro Elisabeth Rosenfeld sedia dede a última quarta-feira (dia 14), o 1º Fórum Gramado Ontem, Hoje e Amanhã. Programação que encerra nesta quinta-feira, dia 15. O evento tem a intenção de discutir a ocupação urbana no município e projetar ações a serem desenvolvidas conforme o Plano Diretor. Algumas questões afloram até o momento: o Plano Diretor tem que ser discutido com a comunidade, o que o presidente da casa, vereador Professor Daniel já disse que irá fazer e, sem projeto de moradia popular nem adianta apresentar, pois este é um dos maiores problemas de Gramado hoje. Gramado vive uma realidade antagônica pois, o aumento da construção civil e a entrega dos grandes empreendimentos acontecem com o ‘chavão’ vamos gerar empregos, porém, isso traz cada vez mais pessoas para morarem no município, necessitando de uma infraestrutura que não existe, como água, esgoto, mobilidade, escolas, creches. Estamos em situação de crescimento e não desenvolvimento.
Como bem colocou o advogado e panelista, Bruno Coletto, o estudo do Plano diretor vai além de observâncias do que esta por vir, é necessário, urgente, soluções para os problemas que já existem. Eu sugiro que você ouça as palestras e entre no processo de ‘salvamento’ de Gramado, da única forma possível e politicamente correta, participando e opinando.
Flávio Koetz, a’ tecnologia nos projeta cada vez mais ao futuro’; Ana Marchesan, ‘a expansão urbana deve levar em conta a identidade da comunidade, o sentimento de pertencimento’; Rafael Passos, ‘em uma cidade como Gramado, os planos de desenvolvimento precisam ser realizados em conjunto com municípios vizinhos’.
Na abertura o engenheiro Flavio Koetz traçou Gramado poeticamente, óbvio,, considera que eu sou uma apaixonada por Gramado então a emoção sempre é maior. Ouça!
O Promotor de Justiça de Gramado, Dr. Max Guazzelli apresenta significativos apontamentos sobre a situação do município de Gramado, sob todos os aspectos: água, esgoto, deslizamentos, Parque dos Pinheiros, Parque das Orquídeas, Lago Negro, Lago Joaquina Rita Bier… Sugiro que você ouça na íntegra o painel aqui editado, e esteja a par dos assuntos pois fazem relação direta com o ‘salvamento’ de Gramado, situação que não é mais de futuro, providencias imediatas deve ser tomadas e estão em andamento e cada pessoa que aqui habita é parte dela. ‘Ter conhecimento é ter poder’, foi uma frese repetida várias vezes durantes as palestras. Não seja pego de surpresa!
Na terça, o vereador Ike Koetz (Progressistas) mediou a primeira noite de debates. Falaram ao público o engenheiro Flávio Koetz (sobre o histórico da ocupação de Gramado), a procuradora Ana Marchesan (sobre Plano Diretor, expansão urbana e proteção do patrimônio cultural) e o arquiteto Rafael Passos (sobre a importância da construção do Plano Diretor). A transmissão completa está disponível no Facebook do Legislativo de Gramado.
Painelista Flávio Koetz: “A tecnologia nos projeta cada vez mais ao futuro. O momento é de buscarmos os registros do passado, equilibrando presente e futuro, preservando a nossa história e reconhecendo o caminho de nossos antepassados que nos legaram esta cidade”. Foto: Paulo VargasPainelista Ana Marchesan: “A expansão urbana deve levar em conta a identidade da comunidade, o sentimento de pertencimento. Gramado deve atentar urgentemente para a preservação do seu patrimônio cultural, incluindo os valores paisagísticos e humanos sob a pena de deixar-se consumir pela especulação imobiliária e comércio – convertendo-se em uma cidade meramente cenográfica”.Painelista Rafael Passos: “Em uma cidade como Gramado, os planos de desenvolvimento precisam ser realizados em conjunto com municípios vizinhos. Há de se dialogar para construí-los em conjunto. Isso deveria ser feito em todos os processos de avanços e revisões do Plano Diretor”. Foto: Paulo VargasMediador vereador Ike Koetz: “Nós somos entusiastas da Gramado de amanhã. Todos nós temos alguma propriedade em falar da nossa cidade. E o resultado de todas as nossas atitudes vai estar visível na próxima geração. É nossa tarefa olhar para o passado a fim de buscar inspiração, mas sempre pensando no futuro”. Foto: Paulo Vargas
Na quarta, o vereador Professor Daniel (PT) mediou a segunda noite de debates. Falaram ao público o promotor de Justiça de Gramado, Max Guazzelli (sobre o papel do Ministério Público no controle urbano e ambiental); a procuradora-geral do Legislativo, Cristiane Bandeira (sobre a construção pública dos instrumentos urbanos e ambientais); o advogado Bruno Coletto (sobre a operação urbana e entidades privadas); e o arquiteto Marcelo Ignatios (sobre a construção de instrumentos de financiamento de obras estruturantes). A transmissão completa está disponível no Facebook do Legislativo de Gramado.
Presidente do Legislativo Professor Daniel: “Por meio dos painelistas, das pessoas inscritas que nos acompanham presencialmente, daqueles e daquelas que assistem virtualmente, o evento tem uma única proposta: discutir Gramado. Olhar para o passado, avaliar o presente e principalmente olhar para o amanhã”. Foto: Paulo VargasPainelista Max Guazzelli: “Foram feitos grandes acordos pela Promotoria de Justiça de Gramado, em valores milionários que foram repassados a órgãos da comunidade para manutenção de projetos sociais e preventivos para nossas crianças, além do Mocovi. Ou seja, ou nós salvamos as nossas circunstâncias e o espaço onde estamos, ou nós não nos salvamos e não deixaremos um legado para nosso futuro”. Foto: Paulo VargasPainelista Cristiane Bandeira: “A administração pública, assim como a privada, tem necessidades. E elas têm instrumentos. Seja o privado, por meio de financiamentos e planos de trabalho; seja o público, por meio de uma boa gestão urbana, de moradia social, de saneamento. Tudo isso fluindo dentro do conceito de cidade sustentável. Hoje, mais do que nunca, aqueles que militam na área do direito público, urbanístico e ambiental, empregam um termo aparentemente novo: concertação. Porque a partir do momento em que público, privado e sociedade atuam juntos, se operacionaliza a concertação administrativa”. Foto: Paulo VargasPainelista Bruno Coletto: “Para alcançarmos decisões no âmbito público, precisamos de 50% mais 1 em várias instâncias, e também precisamos que aqueles que têm poder de veto participem desse processo. Do ponto de vista do privado, esse talvez seja o ponto mais difícil de montar neste contexto de concertação administrativa, de diálogo entre as instituições”.Painelista Marcelo Ignatios: “A ideia, em termos de planejamento urbano e de provocação, é que as ferramentas estejam disponíveis para resolver problemas específicos. Portanto, não é qualquer ferramenta que deve ser adaptada para qualquer serviço. E sem transparência, comunicação e participação social não há planejamento urbano ou concatenação das iniciativas. Não podemos buscar estes atalhos”. Foto: Paulo Vargas
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