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Tela Tomazeli l Editora

Recebei o Espírito Santo!

(Jo 20,19-23)

Solenidade de Pentecostes

O dom do Espírito Santo foi um elemento fundamental na experiência missionária dos primeiros cristãos. Com a ascensão do Senhor, eles se viram às voltas com uma tarefa descomunal: levar a mensagem do Evangelho a todo o mundo. A missão exigiria deles inculturar a mensagem, fazendo o Evangelho ser entendido por pessoas das mais variadas culturas.

Deveriam ser capazes de enfrentar dificuldades, perseguições e, até mesmo a morte, por causa do nome de Jesus. Muitos problemas proviriam dos judeus, pois a ruptura com eles seria inevitável, dada a intransigência da liderança judaica para com a comunidade cristã que tomaria um rumo considerado inaceitável.  Sem dúvida, não faltaria problemas dentro da própria comunidade, causados por partidarismos, falsas doutrinas e atitudes incompatíveis com a opção pelo Reino.

Os discípulos eram demasiado fracos para, por si mesmos, levar a cabo uma empresa tão grande. Jesus, porém, concedeu-lhes o auxílio necessário ao comunicar-lhes o Espírito Santo. Fortalecidos pelo Espírito, eles não se intimidavam, antes, cumpriram, com denodo, o ministério da evangelização.

O dom de Pentecostes renova-se, cada dia, na vida da Igreja. O Espírito, ontem como hoje, não permite que os cristãos cruzem os braços diante do mundo a ser evangelizado.

A importância do sopro do Espírito

Sem o Espírito de Jesus, a Igreja é barro sem vida: é uma comunidade incapaz de produzir esperança, consolo e vida no mundo. Sem o Espírito criador de Jesus, podemos acabar vivendo numa Igreja que se fecha a toda renovação: Portanto, não é permitido sonhar com grandes novidades: o mais certo é uma religião estática e controlada, que mude o menos possível; o que temos recebido de outros tempos é também o melhor para nós? Nossas gerações devem celebrar sua fé vacilante com a linguagem e ritos de muitos séculos atrás? Ora, como não gritar com força: Vem, Espírito Santo! Vem à tua Igreja. Vem libertar-nos do medo, da mediocridade e da falta de fé em tua força criadora. Não temos que olhar os outros. Cada um de nós tem que abrir seu próprio coração.

Falar do Espírito Santo é falar do que podemos experimentar de Deus em nós. O “Espírito” de Deus atuando em nossa vida significa força, luz, o alento, a paz, o consolo, o fogo que podemos experimentar em nós e cuja origem última está em Deus, fonte de toda a vida.

O Espírito Santo é sempre “doador de vida”:  dilata o coração, ressuscita oque está morto em nós, desperta o que dorme, põe em movimento o que ficou bloqueado. De Deus estamos sempre recebendo “nova energia para a vida” (Jürgen Moltmann).

A ação recriadora de Deus não se reduz somente a “experiências íntimas da alma”. Penetra todos os estratos da pessoa. Desperta nossos sentidos, vivifica o corpo e reaviva nossa capacidade de amar. O Espírito conduz a pessoa a viver tudo de forma diferente: a partir de uma verdade profunda, a partir de uma confiança maior, a partir de um amor mais desinteressado.

Não devemos batizar só com água, mas infundir o Espírito de Jesus. Não só temos de falar de amor, mas amar as pessoas como Ele as amou.

Façamos nossa oração:

Senhor Jesus, que nós sejamos cada dia revestidos pela força do Espírito Santo, que nos capacita para exercermos, sem descanso, nossa tarefa de evangelizadores. Amém

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