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Tela Tomazeli l Editora

Sobre a pedagogia das crises

O Brasil e todas as suas comunidades estão pisando sobre incertezas advindas dos lados reais ou imaginários de uma grande crise. Todavia, antigas experiências históricas nos fazem repetir que as crises são os momentos mais ricos das pessoas e das instituições, porque são demonstrativas de procedimentos errados que precisam ser corrigidos; ou surtos malignos desencadeados pelo próprio modo de ser de nosso planeta que deve ser enfrentado e suportado com humilde resignação.

Na verdade, as crises são a fórmula encontrada pela Natureza para conduzir o ritmo e a qualidade das mudanças que caracterizam o comportamento e a direção do aperfeiçoamento humano. Então, transformar essa dura realidade em consoladores discursos que nada podem mudar, é fechar-se para a oportunidade de crescimento que a sorte oferece. E, assim, chegamos em Gramado.

Não é a primeira vez que o município lida com uma situação parecida com essa. Os grandes desafios, em todos os casos, foram aproveitados para varrer maus projetos e mesmo a presença de incompetentes e oportunistas. Na verdade, os maiores dissabores comunitários sempre serviram para fazer uma grande seleção naquilo que é feito com pouca qualidade: só os melhores sobrevivem.

Já vivi em Gramado situações semelhantes de vários tipos e sempre testemunhei que, logo depois das dificuldades, costumamos levantar melhor do que fomos antes, e quem não acreditou nisso foi fracassar noutro lugar. Desse modo, frente aos obstáculos de hoje, os que forem capazes de resistir surgirão melhores ainda, e serão construtores de uma nova fase da cidade que alcançou inequívoco destaque nacional.

Então, essa árdua fase de sobrevivência vai mostrar que Gramado é um lugar próspero e diferente de qualquer outro que existe no país, por moldar seu sucesso no brilho de talentos que acreditam mais em seu valor pessoal do que nos estragos promovidos por um causador de doença coletiva, tão igual a outros que já foram varridos pela inesgotável capacidade de sobrevivência do ser humano. E se tudo for como tem sido, quando chegar o momento de gastar as economias acumuladas durante a pandemia, milhões de pessoas vão se lembrar de nós.

Edições Antigas

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