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Tela Tomazeli l Editora

JOAQUINA RITA BIER é colocado em ‘opinião’, depois de já ter vencedor do concurso

No meu entender, a discussão sobre o projeto de revitalização do Joaquina Rita Bier devia ter vindo antes do concurso ser lançado. 

Minha apropriação ao assunto dá-se pelos anos a fio que vinha ‘lutando’ pela preservação do ambiente. Vendo o Joaquina ser dominado pelo Natal Luz com suas absurdas arquibancadas, que nos tirava de uso de setembro a fevereiro e mais um mês para tentar colocar em ordem; a inserção de bloquetos extinguindo o gramado, a poluição da água, em resumo, um mero espaço de usurpação, na entrada da cidade. Depois de muitos pedidos ao poder público, sem resultado, fui a Ministério Público, mais de uma vez, pedindo que o Joaquina Bier voltasse para comunidade e, como hoje a palavra final é do MP, para que o poder público atenda o cidadão, o Natal Luz teve que sair e, iniciou uma nova fase.

Acompanhando pelo MP, uma comissão do Bairro Planalto ou, do Consórcio do Master, que é quem tem o fundo para pagar a revitalização, pela secretaria da Cultura e Planejamento iniciaram o caminho que aqui está sendo posto.

Desde antes de isso tudo acontecer eu solicitei ao secretário da Cultura para participar do processo, mudo. Em seguida ao Secretário do Planejamento, mudo. Depois de já lançado o concurso pedi ao MP para colocar uma pessoa para acompanhar a seleção do projeto. Por certo não era apta a participar ou indicar uma pessoa para a comissão do Joaquina Rita Bier, não que as pessoas que o fizeram não sejam, que fique claro, apenas tinha um sentimento de pertencimento, que hoje não tenho mais, me foi tirado.

O meu registro é de quem sim, FUI EU, quem lutou pelo Joaquina e não pedi mérito disso nunca, apenas considero justo que fizesse parte de todo o processo, o que me foi negado. Quem eu sou? Nada, apenas uma cidadã gramadense que não tem cargo ou caneta.

Não fará diferença eu chegar nesta reunião com um projeto já pronto, e dizer que quero grama, hortênsias, bancos de madeira, arvores e pronto.  O Joaquina Rita Bier é nosso último respiro, se mantido como o cartão postal acima (King Color).

 

Tela Tomazeli

cidadã gramadnese

editora da gramadomagazine.com.br

 

 

O PROJETO

Texto Resumo da Proposta

Entre as diversas considerações que foram levantadas ao se pensar na proposta de requalificação do entorno do Lago Joaquina, duas delas foram um consenso que acabou por nortear as demais decisões de projeto. A primeira estava ligada à percepção de perímetros delimitados por cercamentos em diversos pontos do parque. Essa constatação levou ao princípio de que a proposta deveria potencializar ao máximo os locais de ingresso de pessoas para o interior do parque com o objetivo de ampliar a sensação de conexão. Dentro desse conceito surge uma primeira decisão, em que se considerou remover cercas e vegetações existentes em diversos pontos do parque no sentido de torná-lo mais convidativo e integrado. Além disso essa decisão possibilitaria a incorporação dos trajetos das pessoas, melhorando assim a conectividade com o entorno. A segunda consideração levantada estava relacionada à sensação da existência de uma divisão territorial, uma separação entre a área do perímetro do lago e a área relacionada com o Território Criativo. A solução para responder a essa sensação de segmentação seria a criação de um circuito peatonal interno que, ao mesmo tempo que atende ao programa, é visto como um elemento que dialoga com o conceito de conexão e integração que parece fazer tanto sentido para o parque. Para esse circuito de caminhada propõe-se que ele possa ainda acomodar núcleos de apropriação ao longo da pista de caminhada, unindo as ideias de percurso, de conectividade e da fruição do espaço público.

 

A partir dessa abordagem foram traçadas algumas diretrizes que levam em consideração as particularidades do programa a ser atendido aliadas ao entendimento de que a requalificação do parque deva ser promotora da vitalidade urbana local:

 

a) incrementar as possibilidades de ingresso de pessoas para o interior do parque eliminando cercamentos em locais de fácil acesso, como nas bordas do parque voltadas para as ruas F. G. Bier e Leopoldo Rosenfeldt;

b) eliminar parcialmente o cercamento do perímetro do lago e criar espaços de contemplação e de lazer melhor relacionados com a água através de uma interface mais amigável e livre de barreiras;

c) criar espaços de fruição e apropriação ao longo do percurso peatonal, tornando o próprio trajeto uma intervenção significativa e estimulante para o convívio das pessoas;

d) priorizar a circulação dos pedestres em detrimento dos carros através de uma via com característica de “traffic calming” e localizar os estacionamentos muito próximos do local de acesso;

e) utilizar a infraestrutura existente no parque nas intervenções de requalificação, principalmente no que diz respeito às edificações, evitando mudanças de locais no sentido de se promover a economicidade da proposta;

f) procurar ter uma boa interpretação das características da cidade ao propor materiais e revestimentos no sentido de dialogar bem com a cultura local e gerar senso de pertencimento;

g) tirar partido da vegetação existente, com o acréscimo de algumas espécies arbóreas para sombreamento; com a criação de canteiros de espécies arbustivas para organizar percursos e delimitar espaços e ampliar áreas gramadas para lazer e relaxamento ao ar livre.

 

Autores do projeto: Ananda Maciel Oliveira – CAU A225 109-4, Arquiteta e urbanista formada pela FAU-UFRGS em 2015; Diego Flamia – CAU A224 532-9, Arquiteto e urbanista formado pela FAU-UFRGS em 2015; Thiago Yuuki Kajiwara – CAU A224 447-0, Arquiteto e urbanista formado pela FAU-UFRGS em 2015

 

Para ter melhor visibilidade das imagens e os demais projetos apresentados acesse: Propostas Cadastradas – Concurso Lago Joaquina

 

 

 

Gramado Magazine

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