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Tela Tomazeli l Editora

Primeiro estudo genético de laboratório feito no Brasil revela a história e a ancestralidade do povo brasileiro

Desenvolvido a partir da análise de mais de 200 mil DNAs, estudo revela as diferentes origens por regiões do país, a linha histórica da ampla miscigenação, além de outras descobertas sobre a nossa história

 

São Paulo, março de 2023 – A Genera, primeiro laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal, fundada em 2010, lança o primeiro estudo do perfil do DNA do Brasileiro, com abrangência em todas as regiões e com base no seu banco de dados de mais de 200 mil DNAs analisados.

O estudo foi realizado respeitando todas as diretrizes e políticas de privacidade de LGPD e, portanto, todos os dados apresentados são representativos e indicados em porcentagem, a fim de proteger dados sensíveis dos clientes,

Graças ao avanço tecnológico e científico dos testes genéticos, o estudo traz dados e análises claras e assertivas sobre as origens e a ancestralidade genética do povo brasileiro, com detalhamento de regiões e comparativos com outros países como Argentina e Uruguai.

 

Destaques:

Os perfis de DNA do Brasil, Argentina e Uruguai são similares?

Um dos destaques é a comparação entre a composição genética da população do Brasil, Argentina (1500 pessoas) e Uruguai (1400 pessoas).

  • O Brasil possui uma incidência maior de ancestralidade africana o que corresponde a 10,95% da amostragem dos brasileiros, em comparação a 1,13% da Argentina e 1,94% do Uruguai.
  • Já a ancestralidade das Américas (povos nativos das Américas), é mais preponderante na Argentina, com 12,59%, seguida de Uruguai (6,73%) e Brasil (6,56%),

 

Brasil: um país de diversidade étnica e alta miscigenação

  • A ancestralidade média dos brasileiros é composta por 72% da Europa, enquanto a África corresponde a 11% e a América a 6,5%.
  • Já o Oriente Médio equivale a 5,48% e a Ásia a 2%.
  • Importante destacar, também, que o brasileiro possui, em média, 2,7% de ancestralidade judaica.Entre os 72% de ancestralidade europeia:

. 28% correspondem à Ibéria (península que compreende Portugal e Espanha), .

. 21% à Europa Ocidental

. 11% à Itália.

. Outras regiões da Europa também estão presentes no DNA do brasileiro, como a 3% dos Bálcãs, 3% da Europa Oriental e 2% da Sardenha.

 

  • Entre a ancestralidade africana

. 3,8% de Costa da Mina, região do Golfo da Guiné que compreende os atuais países Gana, Togo, Benin e Nigéria e recebe esse nome devido ao forte de São Jorge da Mina, erguido na região no final do século XV. sendo uma das principais rotas da escravidão;

. 3,4% de África Ocidental (Camarões, Gabão, República do Congo, Angola, Guiné Equatorial e trechos da Namíbia, África do Sul, República Centro Africana e República Democrática do Congo, bem como o arquipélago São Tomé e Príncipe)

. 1,5% de África Oriental, banhada pelo Oceano Índico e composta pelos países Tanzânia, Quênia, Malawi, Moçambique, Zimbábue, Zâmbia, Suazilândia e parte da África do Sul.

 

  • Ancestralidade Américas

. A Amazônia representa 2,8%,

. 1,77% dos povos da América Andina (países que cortam a cordilheira dos Andes – Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Chile e Venezuela)

, 0,6% dos povos tupis.

  • 5,5% da ancestralidade mapeada provem do Oriente Médio. 3,8% indica a região de Magrebe (Marrocos, Argélia e Tunísia).
  • A Ásia concebe 2% de ancestralidade para o DNA do Brasileiro, sendo 1,8% do Japão e Coréia. China fica em segundo lugar, com 0,09%.
  • Já os povos judeus representam 2,7% da ancestralidade média do brasileiro.

 

Estudo completo:

DNA do Brasileiro: Como a genética conta nossa história?

Apresentado por: GENERA (P&D e Marketing)

A partir da comparação entre a composição genética de populações do Brasil, Argentina e Uruguai, foi possível avaliar a relação entre o perfil genético, ancestralidade e particularidades histórico-sociais desses três países da América Latina, bem como as semelhanças e diferenças entre eles.

 

Ancestralidades da América Latina

Foi mapeado o DNA de populações do Brasil, Argentina e Uruguai, e traçadas suas particularidades, incidência populacional por região e grupos genéticos. Os dados revelam a predominância sócio-histórico-cultural dos três países da América Latina.

Nota-se, por exemplo, uma incidência maior de ancestralidade africana no Brasil, o que corresponde a 10,95% da amostragem dos brasileiros, em comparação a 1,13% da Argentina e 1,94% do Uruguai.

O mesmo acontece com a ancestralidade das Américas, preponderante na Argentina, com 12,59% de incidência dos povos originários das Américas, seguida de Uruguai (6,73%) e Brasil (6,56%).

A Oceania é o continente menos representativo na ancestralidade dos três países, o que também é justificado pelos movimentos migratórios.

 

Brasil: um país de diversidade étnica

A ancestralidade média dos brasileiros é composta por 72% da Europa, enquanto a África corresponde a 11% e a América a 6,5%. Já o Oriente Médio equivale a 5,48% e a Ásia a 2%. É importante destacar, também, que o brasileiro possui, em média, 2,7% de ancestralidade judaica.

 

Mas em que regiões essas porcentagens estão localizadas?

Nos 72% de ancestralidade europeia, 28% correspondem à Ibéria (península que compreende Portugal e Espanha), 21% à Europa Ocidental e 11% à Itália. Outras regiões da Europa também estão presentes no DNA do brasileiro, como a 3% dos Bálcãs, 3% da Europa Oriental e 2% da Sardenha.

As regiões que mais integram a ancestralidade africana são:

3,8% de Costa da Mina, região do Golfo da Guiné que compreende os atuais países Gana, Togo, Benin e Nigéria e recebe esse nome devido ao forte de São Jorge da Mina, erguido na região no final do século XV. sendo uma das principais rotas da escravidão;

3,4% de África Ocidental (Camarões, Gabão, República do Congo, Angola, Guiné Equatorial e trechos da Namíbia, África do Sul, República Centro Africana e República Democrática do Congo, bem como o arquipélago São Tomé e Príncipe)

1,5% de África Oriental, banhada pelo Oceano Índico e composta pelos países Tanzânia, Quênia, Malawi, Moçambique, Zimbábue, Zâmbia, Suazilândia e parte da África do Sul

Em relação aos povos originários das Américas, tem 6,5% de informações mapeadas na ancestralidade brasileira. A Amazônia representa 2,8%, seguida de 1,77% dos povos da América Andina (países que cortam a cordilheira dos Andes – Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Chile e Venezuela), e 0,6% dos povos tupis.

5,5% da ancestralidade mapeada provem do Oriente Médio. 3,8% indica a região de Magrebe (Marrocos, Argélia e Tunísia).

A Ásia concebe 2% de ancestralidade para o DNA do Brasileiro, sendo 1,8% do Japão e Coréia. China fica em segundo lugar, com 0,09%.

Já os povos judeus representam 2,7% da ancestralidade média do brasileiro.

Essa distribuição média de ancestralidades entre os brasileiros é bastante próxima ao analisar individualmente cada região do país. Contudo, algumas particularidades interessantes podem ser observadas em cada região, de modo que correspondem a seus aspectos sócio-histórico-culturais.

 

Highlights

1 – Nordeste – Berço da população africana no Brasil

Ao verificar a ancestralidade africana no Brasil e comparar os estados que mais possuem essa ascendência em sua população, destacam-se Bahia, com 23% (de uma amostra de 3.258 pessoas testadas), Sergipe, com 16,9%, (556 pessoas testadas) e Maranhão, com 15,9% (587 pessoas testadas).

Em relação às maiores populações que descendem do Oriente Médio, destacam-se os estados da Paraíba, com 6,6% – amostra de 967 pessoas testadas -, Pernambuco, com 6,5% — amostra de 2.129 pessoas testadas -, e Rio Grande do Norte, com 6,4% – amostra de 980 pessoas testadas.

Conteúdos referentes ao tema no blog da Genera

Quem é a população árabe do Brasil? 

A influência africana na cultura brasileira 

O apagamento da população negra no brasil

 

2 – Norte -Representatividade da população originária das Américas

Os cinco estados da Região Norte possuem a população com maior ancestralidade advinda dos povos originários das Américas. Amapá possui 28% de ancestralidade média das Américas, seguido de Amazonas, com 22%, Pará, 19%, Roraima, 17,5%, e Acre, com 16%.

Nesta análise, é importante ressaltar que o teste genético é feito, majoritariamente, por populações urbanas, o que dificulta na amostragem de povos tradicionais. Fatores culturais e religiosos são considerados e respeitados.

 

Conteúdos referentes ao tema no blog da Genera

Como os povos originários chegaram até o brasil?
Como as linhagens indígenas das américas chegaram até o brasil? 

 

3 – Europa no Brasil, do Oiapoque ao Chuí!

Na ancestralidade média do brasileiro, a Europa se destaca em todas as regiões e estados brasileiros. Contudo, é mais preponderante em influência na região Sul do país, com 80,7%.

Santa Catarina se sobressai em ancestralidade global, com cerca de 83% da amostra do estado com ascendência europeia. Já Rio Grande do Sul fica em segundo lugar, com 82% da população testada tendo essa ancestralidade.

 

Ancestralidade Média por região do Brasil

Região Europa Oriente Médio América África Judaica Ásia N total
Centro-Oeste 70,54% 5,87% 7,87% 11,89% 2,40% 1,43% 10.000
Nordeste 66,56% 6,21% 8,26% 16,04% 2,39% 0,53% 11.000
Norte 60,77% 5,51% 18,12% 12,44% 2,09% 1,06% 2.000
Sudeste 70,80% 5,73% 5,93% 11,88% 2,95% 2,71% 72.000
Sul 80,73% 3,88% 6,21% 5,29% 2,39% 1,50% 21.000

* Oceania não apresenta dados significativos na amostragem

 

Ancestralidade Média por estados do Brasil

Estado Europa Oriente Médio Américas África Judaica Ásia
AC 60,15% 5,31% 16,07% 14,79% 1,93% 1,74%
AL 66,74% 6,21% 8,71% 15,43% 2,48% 0,44%
AM 57,70% 5,71% 22,18% 11,04% 2,23% 1,14%
AP 50,91% 4,73% 28,17% 14,39% 1,58% 0,21%
BA 62,98% 5,78% 5,45% 23,05% 2,20% 0,54%
CE 69,14% 6,43% 11,17% 10,15% 2,51% 0,60%
DF 70,22% 6,00% 7,48% 12,48% 2,45% 1,37%
ES 73,32% 5,09% 5,56% 13,28% 2,20% 0,55%
GO 71,18% 6,30% 7,27% 12,00% 2,35% 0,89%
MA 61,45% 5,61% 14,32% 15,96% 2,17% 0,50%
MG 72,42% 6,40% 4,61% 13,67% 2,35% 0,55%
MS 70,21% 5,28% 10,26% 8,94% 2,42% 2,89%
MT 71,29% 4,83% 8,92% 11,31% 2,20% 1,45%
PA 59,94% 5,63% 19,41% 11,95% 2,14% 0,94%
PB 70,60% 6,61% 8,44% 11,46% 2,40% 0,49%
PE 68,00% 6,56% 7,76% 14,57% 2,56% 0,55%
PI 65,37% 6,17% 11,82% 14,18% 2,19% 0,26%
PR 77,38% 4,11% 7,13% 6,24% 2,51% 2,63%
RJ 70,00% 6,13% 5,60% 14,59% 2,99% 0,69%
RN 69,15% 6,45% 9,34% 11,85% 2,66% 0,55%
RO 67,75% 5,10% 12,37% 12,03% 2,08% 0,66%
RR 62,88% 5,38% 17,51% 11,14% 1,96% 1,13%
RS 82,74% 3,66% 5,89% 4,84% 2,39% 0,48%
SC 83,15% 3,80% 5,29% 4,49% 2,22% 1,05%
SE 68,04% 6,21% 6,11% 16,90% 2,18% 0,57%
SP 70,61% 5,53% 6,26% 10,88% 3,07% 3,64%
TO 65,63% 5,70% 9,94% 15,06% 2,07% 1,61%

*Oceania não obteve dados significativos na amostragem

**O número amostral é segredo comercial

 

Linhagem Paterna

Com a análise da linhagem paterna do brasileiro, é possível perceber a concentração de mais de 80% de haplogrupos comuns na Europa, o que é possível devido principalmente às migrações e colonizações. Em seguida, tem-se cerca de 15% de características comuns na África, 3% na América e Ásia, e 0,4% representativo.

  • Duas razões pelas quais a linhagem Y (paterna) possui essas características:
    • Durante o processo de colonização e migração, devido ao sistema patriarcal, os homens herdavam as terras e, por isso, mantinham-se como chefes do território, que influencia em maior herança genética;
    • Cromossomos Y possuem mais curacia em leitura e detalhamento de dados.

Fontes:

Link

Link

 

 

Linhagem Materna

Ao analisar a linhagem materna, é possível destacar a frequência e ocorrência de grupos diversos:

  • Nota-se que a Região Sul concentra a maior frequência de provenientes da Europa, como 55%. Segue-se o Sudeste (35%) e Centro-Oeste (27%).
  • A região Sudeste se equilibra em três regiões, 35% da Europa, 31% da América e Ásia, e 27% da África. 4% correspondem a outras linhagens mapeadas.
  • A região Centro-Oeste mantém esse equilíbrio entre linhagens, porém com uma distribuição mais regional, que compreende 37% de características provenientes das Américas e Ásia, 31% da África e 27% da Europa.
  • Na região Norte, é possível notar que a ocorrência de linhagens provenientes das Américas, Ásia e Europa é superior, correspondendo a 51%, seguidas de África, com 40%. Esse dado compreende a volumetria de povos originários presentes nessa região.
  • Nessa mesma equivalência está o Nordeste, região que concentra o maior número de descendentes de linhagem africana, o que corresponde a 40%. Seguem-se América e Ásia, com 35%, e Europa, com 21%.

 

Fonte: Link

 

 

Fonte desta matéria:

Débora Vieira / debora.vieira@ketchum.com.br

Vanessa Fagundes / vanessa.fagundes@ketchum.com.br

Daniela Resende / daniela.resende@ketchum.com.br

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