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Tela Tomazeli l Editora

Entrevista

Guilherme Paulus

Guilherme Paulus. Foto: Divulgação

Guilherme de Jesus Paulus é o maior empresário da história do turismo brasileiro, reconhecido nacional e internacionalmente por serviços prestados ao setor. É o fundador da operadora e agência de viagens CVC (onde hoje atua como consultor) e do Grupo GJP, que controla a GJP Hotels & Resorts e a GJP Construtora e Incorporadora.

Criada em 2005 pelo empresário, a GJP Hotels & Resorts é uma empresa nacional com presença de Nordeste ao Sul do Brasil. A rede possui 10 hotéis próprios com uma equipe de vendas distribuída por todo o país, somando mais de 3.000 apartamentos à disposição dos hóspedes, além de modernos centros de eventos, infraestrutura de negócios de lazer.

Hoje, além de ser uma das maiores representatividades do turismo no Brasil é, sem contestação, o homem e empresário mais apaixonado pelo setor e por sua defesa. Seu nome está ligado as entidades mais representativas da nação brasileira, sua disponibilidade em levar a palavra do Turismo empreendedor não tem fronteiras econômicas, de idade ou classe social.

Observamos nas coletivas de imprensa com a presença do Presidente da República, ministros e empresários, que o Turismo tem sido destacado e isso é mobilização do setor. Por este motivo e, por Gramado ser um indutor do Turismo a nível nacional, nossa entrevista é com ele, Guilherme de Jesus Paulus

gramadomagazine.com.br: Em torno de 1.700 funcionários, atendendo 10 hotéis, com cerca de 3 mil leitos da empresa fundada pelo senhor. Qual a estratégia para manter o negócio frente a situação de colapso que já está anunciada? Como estas conduzindo as lideranças de tuas empresas para o enfrentamento?

Guilherme Paulus: Quem está à frente da GJP hoje é o meu filho, Gustavo Paulus, juntamente com um time dos melhores profissionais. Podemos dizer que temos o melhor time da hotelaria brasileira neste momento. A GJP saiu na frente em diversas ações de prevenção em todos os hotéis. Todas as orientações do Ministério da Saúde foram seguidas à risca. Foram colocadas equipes fixa de saúde nas unidades, distribuição de álcool gel em áreas de funcionários e hóspedes, criação de um questionário de saúde no check-in e no check-out para todos os hóspedes responderem e para monitoramento da situação, realização de diversas comunicações ao trade, clientes finais, colaboradores e parceiros comerciais, entre muitas outras medidas pró-ativas desde o anúncio da pandemia pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

De uma semana para cá, houve a decisão de fechar os hotéis e resorts temporariamente, preservando a saúde e o bem-estar de todos os colaboradores e clientes. Serão mantidos em operação somente os hotéis corporativos, sendo eles o Linx Confins, em Belo Horizonte, e o Linx Galeão, no Rio de Janeiro, por conta de uma demanda de quem tem extrema necessidade de hospedagem neste momento, como as tripulações das companhias aéreas e algumas equipes de saúde do Governo, como a Anvisa, por exemplo.

Também adiamos nossos campeonatos que golfe, que devem voltar com força total no segundo semestre e alguns eventos do Grupo, sempre atentos a segurança de todos. Nesse momento, o foco é preservar a saúde financeira da companhia e, obviamente, dos funcionários e suas famílias, por isso todo o time está empenhado em preservar os nossos maiores ativos: nossa gente e nossos hotéis por todo o Brasil. E tem feito isso de maneira excepcional.

GM: Pelo que temos acompanhado e lido, a palavra de ordem é incentivo financeiro, advindo de todas as formas. Isso é uma questão. A outra é, quais as estratégias a adotar frente ao setor, visto que a mudança cultural de socialização provavelmente levará um tempo para ser ‘revertida’. Como reconstruir o Turismo?

Guilherme Paulus: Todas medidas preventivas necessárias já foram tomadas, agora é olhar para a frente, é um período passageiro e que todos precisam passar, o isolamento social é algo crucial neste momento de disseminação do coronavírus (COVID-19). É preciso ficar em casa e esperarmos por dias melhores. O Turismo já passou por crises muito sérias ao longo de todos os anos e sobrevivemos a cada turbilhão, seja por um plano econômico fracassado ou desastres naturais pelo mundo. E nos reconstruímos. Acredito que demanda reprimida nesse momento, virá com força total no segundo semestre, portanto estaremos preparados para atender a todos com a mesma atenção e hospitalidade de sempre.

GM: Tu acreditas que o ser humano, após o enfrentamento dessa pandemia, estará transformado? Neste caso, a gestão do Turismo terá que ser reinventada?  Estas vislumbrando esta transformação? De que forma?

Guilherme Paulus: Sem dúvida. Estamos observando exemplos de solidariedade nos quatro cantos do mundo e o quão frágil somos como seres humanos frente a pandemias como essa. O Turismo se reconstrói facilmente, não há dúvidas, o que importa neste momento é a união do trade e a certeza de dias melhores. Já encaminhamos cartas a diversas esferas do Governo Federal junto com as nossas associações de classe com pedidos específicos para o nosso setor, visando medidas que beneficiem o segmento e seus trabalhadores. Estamos aguardando a melhor decisão para seguirmos em frente rumo a um novo planejamento dos próximos meses.

GM: Tua ligação com Gramado já está enraizada, pois além dos negócios tens o título de ‘Cidadão Gramadense’, recebido na Câmara de Vereadores. Nos diga então qual tua projeção para o Turismo no segundo semestre em nosso município.

Guilherme Paulus: Gramado é uma cidade exemplo para o turismo do mundo inteiro. Não me canso de repetir essa frase em todas as minhas palestras pelo Brasil. E não será diferente no enfrentamento dessa crise, dos hoteleiros aos receptivos, dos parques aos restaurantes. É uma medida emergencial onde todos estão no mesmo barco, ninguém será privilegiado, nenhuma área sequer. E vamos enfrentar juntos, seguindo todas as determinações dos órgãos competentes, evitando problemas muito maiores como vem enfrentando a Itália, a Espanha, e agora Nova Iorque, como epicentro da pandemia. As ações preventivas são decisivas no enfrentamento da curva de contágio, precisamos nos preservar neste momento tão difícil para a saúde nacional.

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