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Setor de eventos registra, em 2024, nível de emprego 60,8% superior ao período pré-pandemia

Foto do escritor: Tela Tomazeli | EditoraTela Tomazeli | Editora

ECONOMIA

Com consumo recorde de R$ 131,8 bilhões, segmento reafirma sua importância para o fortalecimento da economia, com perspectivas otimistas para 2025



O setor de eventos do Brasil segue em ritmo acelerado de crescimento e consolida-se como um dos principais motores da economia nacional. De acordo com o Radar Econômico, o mais recente boletim Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE), referente ao ano de 2024, o nível de emprego no core business do setor está 60,8% superior ao registrado no período pré-pandemia (2019). A retomada expressiva do mercado se reflete na geração de postos de trabalho formais e no aumento do consumo, reforçando a importância dos eventos para a economia brasileira.



Em 2019, o estoque de empregos (total de vagas disponíveis em um mercado de trabalho) foi de 111.401, enquanto que em 2024 encerrou com 179.133. O core business abrange atividades como organização de eventos (exceto culturais e esportivos), atividades artísticas e culturais, espetáculos, recreação e lazer, e a produção e promoção de eventos esportivos. “Como já prevíamos, quando defendemos a aprovação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), o setor de eventos tem se mostrado cada vez mais essencial para a retomada econômica do país”, destaca o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE.



O chamado hub setorial, que engloba 52 atividades impactadas indiretamente pelo setor de eventos, também registrou crescimento significativo, com nível de emprego 23,6% superior ao de 2019. Setores como publicidade, propaganda e serviços gerais tiveram desempenho acima do esperado, reforçando a contribuição desse ecossistema para a economia. Completa Doreni: “O crescimento expressivo do emprego formal e do consumo reflete a força desse mercado, que segue como um dos grandes vetores de desenvolvimento e geração de renda no Brasil impactando diversas atividades”.



Consumo A estimativa de consumo no setor atingiu um marco histórico. Em dezembro de 2024, o consumo no setor chegou a R$ 11,3 bilhões, o maior valor já registrado na série histórica iniciada em 2019. No acumulado entre janeiro e dezembro, o volume alcançou R$ 131,8 bilhões, um crescimento de 6,2% em relação a 2023. O Radar Econômico da ABRAPE utiliza, como referência, dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o peso atribuído mensalmente pelo item Recreação do Índice de Preços no Consumidor (IPCA) e a massa de rendimento real mensal dos trabalhadores aferidos pela PNAD/M (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE.



Projeções A ABRAPE prevê que o consumo no setor de eventos alcance R$ 141,1 bilhões em 2025, e estima que o core business chegue a 186,8 mil empregos formais em 2025. Quando considerado o hub setorial, a associação projeta um total de 4,305 milhões de empregos neste ano. Em relação ao número de empresas, a entidade prevê que o segmento deve contar com 103,1 mil empresas em 2025, um aumento de 3,1% em relação às 100 mil empresas previstas para 2024. Este crescimento reflete a continuidade da retomada e a abertura de novos negócios no segmento. No âmbito da cadeia produtiva, a estimativa é que o número de empresas atinja 836.789 em 2025, uma variação de 1,9% em comparação com as 821.306 empresas projetadas para 2024.



Sobre a ABRAPE

Criada em 1992 com o propósito de promover o desenvolvimento e a valorização das empresas produtoras e promotoras de eventos culturais e de entretenimento no Brasil, a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos - ABRAPE, tem, atualmente, mais de 850 associados, sediados em todos os Estados da Federação, que representam o PIB dos eventos do Brasil. Foi a entidade que liderou o setor na pandemia, protagonizando a criação e a manutenção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos PERSE: o maior programa de transação fiscal da história do Brasil e o principal Programa de desoneração fiscal após do Simples Nacional. Com importante representatividade, é referência em associativismo de classe.

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