TRADIÇÃO NATALINA
Terno de Reis refere-se a canções e pequenos grupos de músicos que as realizam, com referência a história bíblica dos Três Reis Magos e sua chegada ao lugar onde se encontrava o menino Jesus recém nascido, baseado na tradição religiosa portuguesa. Tradicionalmente, esses grupos percorrem as casas de suas comunidades desde o dia 25 de dezembro até a véspera do dia 6 de janeiro, data em que se comemora mais amplamente o Dia de Reis.
A tradição se baseia nos relatos da Bíblia e datas fixadas posteriormente pela Igreja, segundo os quais os chamados Três Reis Magos, Gaspar, Melchior e Baltazar iniciaram sua procura por Jesus no dia 25 de dezembro e o encontraram no dia 6 de janeiro, data em que se comemora o Dia de Reis. Fonte.
EM GRAMADO
Aqui em Gramado eu tenho a lembrança do Terno de Reis cantado pela Família Seibt. Sempre estávamos na casa do nono e da nona Bordin, lá na Linha 28 , e era muito comemorada a chegada deles (cantaram por 53 anos). A nona Olga Bordin deixava separado os biscoitos de Natal, eram cobertos de glacê branco e coloridinhos em cima.
Eles vinham pela estrada em comitiva e ao chegar no grande portão de madeira (porteira), iniciavam a cantoria. Queríamos correr para encontrar mas era proibido, tínhamos que aguardar até que chegassem na porta, para então os donos da casa darem passagem, a nona e o nono.
Não ficavam por muito termpo, pois percoriam toda a localidade. Tomavam algo, comiam um biscoito e seguiam caminho. Em algumas ocasiões entravam em casa, mas na maioria das vezes era uma passagem de saudação, visto as visitas que estavam por fazer.
A casa dos nonos 'lá no 28', era de madeira, com porão de tijolos ou pedras, não lembro bem. Tinha no entorno da casa um corredor imenso, que dobrava esquina, por onde corriamos para ver quem chegava. Era pintada de prata, com janelas verdes. Ficava no centro, cercada por um grande potreiro, que dividia a moradia com uma cerca de pedras. No entorno o forno de barro; a horta; paiol; o galinheiro; a patente (vaso sanitário de madeira que ficava onde tinha um corrego); o tanque; o chiqueiro; as árvores frutiferas e, o amor, muito amor, infinito amor!
Não tive momentos mais felizes em mida vida do que estar juntos aos nonos e os tios, na colônia. Grandes mesas de madeira abrigavam todos os parentes para comemorar o Natal e a Páscoa.
Saudades eterna de tudo e de todos!
Feliz Dia de Reis!
Tela Tomazeli
Aqui o link para o vídeo da família Seibt: https://youtu.be/oDCKBsPzq7s?si=MVhUZvAoGreQocom
*Você tem alguma vivência com o Terno de Reis? Mande para tela@telatomazeli.com.br que anexamos a matéria.
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