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CEO da Fiergs explana desafios da indústria gaúcha e estratégias da entidade para reverter cenário

Foto do escritor: Tela Tomazeli | EditoraTela Tomazeli | Editora

ECONOMIA

Paulo Herrmann, CEO da Fiergs. Júlio Soares/Objetiva
Paulo Herrmann, CEO da Fiergs. Júlio Soares/Objetiva

CEO da Fiergs explana desafios da indústria gaúcha e estratégias da entidade para reverter cenário

Paulo Herrmann, que lidera o processo de reestruturação da instituição, palestrou na RA CIC desta segunda-feira (10)


A RA (reunião-almoço) da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) desta segunda-feira (10) contou com a palestra do CEO da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Herrmann, que apresentou um panorama dos desafios da indústria gaúcha e o plano estratégico da entidade para reverter esse cenário. “Eu quero convidar todo mundo - e eu sempre fazia isso no agro (Paulo Herrmann foi presidente da John Deere) também - a pensar positivo. Nós temos que pensar positivo. Se a gente for se alimentar nas coisas ruins, nós nem vamos almoçar. Vamos olhar para o lado positivo”, sugeriu.



Ao analisar os desafios, o executivo destacou que, na última década, o Rio Grande do Sul caiu para a quinta posição na representatividade da indústria nacional, um reflexo de dificuldades estruturais e da falta de políticas de incentivo adequadas. Herrmann também apontou o baixo crescimento do PIB industrial do estado, que entre 2002 e 2021 avançou apenas 2,1%, um desempenho muito inferior à média nacional de 24,2%. Além disso, o setor enfrenta baixa produtividade no trabalho, com 45 mil indústrias, cerca de 87%, operando com até 20 funcionários, além da necessidade de modernização, já que 41% das empresas do estado possuem máquinas no limite ou acima do ciclo de vida esperado. “Nada contra 20 funcionários. É um bom tamanho de indústria, mas precisa ser estruturado. Provavelmente não tem tecnologia, não tem mercado, não tem sucessão, não tem marketing. Então, é para esses que vamos direcionar o nosso foco”, revelou.



Outro ponto crítico abordado foi a fuga de talentos. Segundo dados apresentados, 700 mil trabalhadores deixaram o Rio Grande do Sul entre 2000 e 2022, enquanto o estado vizinho de Santa Catarina atraiu 1 milhão de novos profissionais no mesmo período. Além disso, o estado ocupa apenas a 14ª posição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 no Ensino Médio, fator que impacta diretamente na formação de mão de obra qualificada para a indústria.



Diante desse cenário, Herrmann apresentou os planos da Fiergs para fortalecer a competitividade da indústria gaúcha. A entidade está implementando uma grande reestruturação interna, focada na modernização e eficiência operacional do Sistema Fiergs (Senai, Sesi e IEL), com o objetivo de tornar as organizações mais ágeis e suas ações mais alinhadas às necessidades do setor produtivo.



Os pilares dessa transformação incluem competitividade, inovação, retenção de talentos e a reconstrução da indústria gaúcha. Entre as iniciativas estão a expansão do atendimento a pequenas e médias indústrias, incentivo à inovação e ao desenvolvimento tecnológico, apoio à internacionalização das empresas e adoção de melhores práticas de gestão e governança.



“Nós temos que ter mais preocupação com o futuro. O estado já foi uma referência em educação, já foi uma referência em qualidade de vida. Mas outros estados já nos passaram. Santa Catarina é um exemplo típico. A gente ia para Santa Catarina para fazer férias, hoje a gente vai para trabalhar. Então, acho que nosso estado tem que entender que paramos no tempo, e que precisamos nos recuperar”, ponderou Paulo Herrmann.



Já o presidente da CIC Caxias, Celestino Loro, em seu pronunciamento de abertura da RA, afirmou acreditar que essa nova fase da Fiergs trará entregas mais ágeis e assertivas, ampliando o suporte à competitividade da indústria do Rio Grande do Sul. “Nossa expectativa, a partir dessa reestruturação, é de ações e posicionamentos concretos, que de fato impulsionem o setor industrial e sua valorosa capacidade de gerar riqueza, empregos e inovação”, declarou.



Celestino Oscar Loro, presidente da CIC Caxias, e Paulo Herrmann  Créditos: Júlio Soares/Objetiva
Celestino Oscar Loro, presidente da CIC Caxias, e Paulo Herrmann

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