top of page
  • Foto do escritorRomeo Ernesto Riegel | Crônica

A volta dos tesourões

Para um desencanto, quase geral, Gramado adornou o tapete vermelho do Festival de Cinema deste ano, com arvoredos mutilados. Demonstrou, com isso, surpreendente ato de desprezo ao alto grau de sensibilidade que caracteriza a maneira usual e distinta de os gramadenses proceder. Enquanto alguns criavam o brilho que encantou o Brasil, outros cantaram cerrotes e nos encheram de vergonha.


Poda de arvores em Gramado
Crédito: Leonid Streliaev

Pessoalmente posso testemunhar o quanto visitantes, de mais do que um lugar, verbalizam perplexidade em face deste procedimento. Eles dizem que não entendem como na famosa Gramado pode acontecer uma mutilação tão fora do lugar. Também, como um plano de arborização público mostrado em cuidadosa harmonia, pode ser agredido com tanta falta de amor pela aparência urbana na qual  se apoia nosso sucesso.


A Prefeitura diz que houve um planejamento, que as árvores foram podadas, além do projetado, por estímulo de moradores adjacentes.  Outros dizem que esta informação está incorreta, porque todas as árvores de um lado desta rua foram atacadas, algumas das quais com espaço para  crescimento sem molestar fiação ou frente de  prédios.


Quando lembramos que a fama de Gramado e seu vigor econômico, dependem da cor verde que as plantas lhe conferem, ficamos realmente muito entristecidos. Por que neste aspecto, guardamos ainda tanta incompreensão? Técnicos em urbanismo tomam como fundamental a humanização de uma cidade pelas árvores que são mantidas. Por que, neste aspecto, somo rabos de uma história renegada pelo tempo?


Por Romeo Ernesto Riegel - Membro da Academia Gramadense de Letras




Opmerkingen


Notícias Recentes

bottom of page