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  • Foto do escritorTela Tomazeli | Editora

CRÔNICA – As lágrimas de São Pedro

A primeira grande ferida que atingiu Gramado foi o desastre que terminou com nosso turismo e a própria cidade na década de 1940. Ficamos sem órgãos públicos, hotéis de veraneio moribundos, empresas falidas, colônias sem ter a quem vender seus produtos. e trens chegando e saindo quase vazios. Mas, a recuperação que logo veio, mostrou que o declínio foi apenas uma dura lição. Porém, hoje a enchente mostra que trocamos a inércia do desespero pelo ímpeto da salvação. A solidariedade, a coragem e a determinação de não nos entregarmos a lamúrias infrutíferas, está mostrando que nenhuma tragédia é capaz de ferir nossa dignidade como povo.  Isto mostra que aproveitamos a lição de 1940. Agora, a desgraça é fruto da soberania dos céus.  São Pedro chora junto as lágrimas que derramamos pela tristeza que sentimos. Uma cidade tão bonita, cuidada com tanto carinho, transformar-se num cenário que fere de agonia nossos corações Nossas lindas montanhas, canteiros de flores, residências cuidadas carinhosamente como membros das famílias, agredidas grosseiramente por motivos que não compreendemos e nos levam a fazer um exercício de humildade. Por que será que São Pedro chora tanto, será que cometemos algum grave pecado contra a terra que Deus nos deu? Será que não sucumbimos aos apelos da ambição? . Seja como for, não cairemos na cômoda mediocridade de procurar culpados; vamos procurar, é soluções. E definir as novas luzes que vão iluminar nosso futuro. “A responsabilidade pelo conteúdo é única e exclusiva do autor que assina a presente matéria”.

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