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Colunista l romeoernestoriegel@gmail.com

A libertação das araucárias

Os imigrantes, tanto alemães quanto italianos, trouxeram da Europa o costume de acrescentar um pinheiro à arrumação natalina de suas casas. Ele era caprichosamente enfeitado e constituía-se no mais importante sinal de que o natal estava em comemoração. No país de origem deles os pinheiros eram de muitos tipos, como por exemplo, os que existem hoje em volta do nosso Lago Negro.

Chegando para ocupar a serra gaúcha, os primeiros habitantes encontraram uma única espécie de pinheiro e diferente das que eles conheciam. Essa espécie chamava-se Pinus araucária. Dessa forma, sem alternativa, o costume europeu incorporou o nosso pinheiro às suas festas natalinas.

Nos anos seguintes, os pinheiros pequenos eram cortados para enfeitar o natal e os grandes derrubados para fazer tábuas, móveis e muitas outras coisas. Já que ninguém replantava, em pouco tempo os pinheiros entraram em fase de extinção e o governo decretou a proibição de seu corte para qualquer finalidade. Contudo, ao término das araucárias correspondeu a invenção “da matéria plástica” e o cenário natalino começou a conter pinheirinhos de plástico, montados na hora e reutilizados no ano seguinte.

Sendo o plástico barato e capaz de adquirir formas que podem alcançar grande beleza, transformou-se em ingrediente natalino que se difundiu por casas e ruas. Essa mudança não desiludiu os saudosistas, não tirou a santidade do Menino Jesus e nem feriu a inocente dignidade do Papai Noel. E as pequenas araucárias ainda existentes, são deixadas crescer até chegarem à majestosa condição de adultas.

 

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