Garden Park – De refúgio familiar a um parque de 138 mil metros quadrados aberto ao público

Fotos de abertura e da matéria: Sergio Azevedo l Mateus Azevedo Garden o novo atrativo turístico de Gramado a partir de 1º dezembro. Empreendimento foi idealizado por André Tissot, que possui o espaço há 30 anos Ouvir o canto dos pássaros e da cascata, ver borboletas com cores diferentes e sentir as fragrâncias das mais de 50 mil mudas de flores. Ao descrever um cenário assim, logo imagina-se um espaço longínquo. Mas esse refúgio natural fica há apenas 2,5 quilômetros da Igreja Matriz São Pedro, no Centro de Gramado. O empreendimento do qual estamos falando é o Garden Park, localizado na Linha 28. Com inauguração prevista para esta quinta-feira, dia 1º de dezembro, o novo atrativo turístico foi idealizado pelo empresário gramadense André Tissot. A história do local, inclusive, mistura-se com a do idealizador. O espaço faz parte da vida de André há mais de 30 anos.   “Estou conseguindo me realizar, porque foi algo que fui fazendo aos poucos” A ideia do parque não foi algo da noite para o dia. Muito pelo contrário. “Eu sempre gostei muito de natureza. A casa que eu moro tem um jardim gigante, os empreendimentos que fazemos sempre têm um belo espaço natural, na minha indústria na Várzea Grande temos um jardim dentro da fábrica, na rua. Da Várzea ao Centro de Gramado todos os plátanos que estão na beira da estrada fui eu quem plantei. E em uma viagem minha ao Canadá, passeando por lá, eu gostei muito dos plátanos, que na verdade são os carvalhos canadenses. E na época me emocionei e trouxe 240 mudas desses carvalhos e plantei. Esse trabalho vem de 30 anos”, conta André.     O carvalho, para Tissot, é uma planta que impressiona. “Ela é uma árvore maravilhosa, se você vier aqui a cada 15 dias ela está diferente, uma cor diferente. Daqui a pouco, por exemplo, ela ficará com um tom verde forte.” Há 30 anos, contudo, a ideia não era abrir um parque. “Tinha plantado que seria um local pra mim. Talvez um dia fazer um condomínio. Mas logo o condomínio caiu por terra. Vou fazer um local para eu passar o tempo. Sábado e domingo, não tinha o que fazer, eu vinha pra cá Enquanto o pessoal lá em casa levanta 10 horas, eu às 7 horas estou aqui”, brinca. O cuidado, tanto há 30 anos, quanto hoje, é o mesmo. “Pra mim era um passatempo. Se eu abrir o porta-malas do meu carro, tu vai encontrar tesoura de podar, de cortar, tenho várias ferramentas, porque eu faço isso na minha casa”, afirma. Para ele, inclusive, não há uma atividade de jardinagem que se destaque mais que outras.     A conexão com a natureza  e com os animais vêm desde pequeno e se mantêm na vida adulta. Em sua rotina profissional, o escritório inclusive tem duas caminhas de cachorro. “Nasci e me criei dentro disso na Várzea Grande. O que fazíamos na época, brincávamos de carrinho de lomba, não tinha celular. Então sempre a natureza esteve presente. E ela te deixa bem, te deixa tranquilo, te dá paz de interior. Parece que tu esquece o mundo”, explica o empresário. Foi nos últimos cinco anos que ele, junto de sua família, focou nas obras para o parque em si. “Até então plantávamos e cuidávamos das árvores. Estamos lidando com a natureza e ela precisa de tempo. Tanto que preservamos as espécies nativas, como as araucárias, ipês, cedros. Estou conseguindo me realizar, porque foi algo que fui fazendo aos poucos”, conta.     As plantas e flores fogem do estilo tropical, devido ao clima da Serra gaúcha. O cuidado com as podarias é evidenciado. Mais de 100 mil árvores como carvalho e plátanos podem ser avistados. “Isso é tão bonito, por que não proporcionar aos outros? As pessoas têm esse direito, desde que tenham esse carinho pelo parque como nós temos. Mas deve ser aberto ao público. Esse local não é pra tu vires uma vez, é pra vir e recarregar as forças”, explica André Tissot.       O primeiro espaço que ganhou forma foi o das “sete quedas”, logo na entrada do atrativo turístico. Para ele, não houve dificuldades no planejamento. “Não há desafio em transformar aqui. Isso é uma beleza. O desafio aqui é fácil. Porque eu não tenho projeto disso. Se tu me perguntar, agora tem, porque fizemos depois de pronto. Não tem paisagista, tudo eu fui fazendo”, pondera Tissot.   Área de preservação     Uma das propostas do Garden é preservar este espaço natural, que equivale a 14 campos de futebol, garantindo belezas e áreas naturais, inclusive de matas nativas, para as próximas gerações. “O que construí no parque é permanente, será uma preservação ambiental que visamos ser eterna. Hoje temos lá 138 mil metros quadrados de parque, mas passa de mais de 200 mil metros quadrados em terreno, com áreas nativas. Apesar do local ter os espaços próprios para os visitantes usufruírem de um lanche, de uma área de descanso, o principal é a natureza. As pessoas vão poder contemplar isso. O principal é poder renovar o ar nesse nosso interior”, afirma Tissot.     Para manter as belezas e a conservação, sprinklers automáticos foram instalados pra detectar quando o solo está seco e a necessidade de irrigar. Até o momento, dez jardineiros foram contratados e a gestão já trabalha na adição de mais profissionais. “A flor é o tempero do parque, não o principal. A vegetação temos a perene e sazonal. Para manter aqui sempre bonito, vamos fazer uma programação de meio ano antes para as trocas de estação. Agora, por exemplo, já começamos a pensar no outono e inverno”, comenta a gerente do Garden, Juliana Müller.     O parque O Garden é inspirado em parques europeus e canadenses e terá 23 atrativos, entre jardins, caminhos, trilhas e espaços. O visitante poderá visualizar desde um riacho até uma cascata. São 50 mil flores plantadas, rodeadas por toda uma mata nativa, como araucárias. O tempo … Continue lendo Garden Park – De refúgio familiar a um parque de 138 mil metros quadrados aberto ao público