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Colunista l pe.arisilva@hotmail.com

A Trindade Santa

(Jo 16,12-15)

Domingo da Santíssima Trindade

Uma das novidades fundamentais do ensinamento de Jesus, sem precedente na teologia judaica, foi a revelação da Trindade santíssima. A linguagem do Mestre foi toda permeada de referências à dimensão trinitária de Deus. Se a privarmos deste elemento, deixaria de ser linguagem cristã sobre Deus. Sem renunciar aos elementos constitutivos da teologia judaica, Jesus deu um passo adiante, dando ao monoteísmo uma nova visão para a mentalidade tradicional.

O texto evangélico é uma pequena mostra da teologia cristã, Falando do Espírito da Verdade, Jesus faz referência à ação junto aos discípulos, no sentido de recordar-lhes “toda verdade”, ou seja, tudo quanto haviam aprendido do Mestre. Entretanto, as palavras dos discípulos deveriam corresponder ao que haviam recebido. De quem? Do Pai, mas também de Jesus, que tinha ainda muitas coisas para lhes ensinar, mas que eles não estavam em condições de receber. A ação do Espírito da verdade redundaria em glorificação do Filho Jesus, pois o faria mais conhecido e amado pelos discípulos. Portanto, entre o Filho e o Espírito da verdade existe perfeita comunhão.

Por outro lado, entre Jesus e o Pai reina, igualmente, plena unidade. O que é do Pai pertence a ele também, e a tal ponto que as coisas recebidas do Pai, pelo Espírito da verdade, podem ser atribuídas também a Jesus.

Pai, Filho, Espírito Santo são o modelo de comunhão para a comunidade.

A fé em Deus que é Uno e Trino: três pessoas num só Deus. Esse mistério é elemento diferencial da fé cristã. Para nós, Deus não é um ser distante da realidade humana. Ao contrário, para nós cristãos, Deus é pessoal! As três Pessoas da Santíssima Trindade se amam de modo abundante e em eterna reciprocidade.

O amor que une perfeitamente as três Pessoas divina transborda a alcança toda a obra da criação. O Pai enviou o Filho por amor à humanidade, e o Filho, na obediência perfeita ao Pai, assumiu nossa condição para nos elevar à vida divina! Para nos conduzir à compreensão desse mistério, depois de sua ressurreição, o Filho enviou o Espírito da Verdade, nosso defensor, que nos guia na Verdade. Por fim, Deus é amor e nós devemos amar uns aos outros à semelhança do amor divino.

 

Façamos nossa oração:

Espírito que gera comunhão, que nós busquemos sempre construir a unidade, guiando-nos pelo modelo da Trindade, revelado por Jesus. Amém.

Padre Ari Antonio da Silva

Colunista l pe.arisilva@hotmail.com

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