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Tela Tomazeli l Editora

O coelhinho gramadense moderno

O coelhinho e o Papai Noel, são os maiores fazedores de festa que temos em Gramado. Só que entre eles há uma grande diferença: o Papai Noel cultiva o nascimento de Cristo, enquanto o coelhinho celebra a Sua ressureição.

O nascimento é comemorado com boa dose de exibicionismo do bom velhinho, que não se cansa de desfilar por aí, prometendo presentes para todo o mundo, e muitas vezes até cumprindo a promessa. E como as demonstrações da figura colorada ainda é pouco, exibe-se em espetáculos que gritam sucessos para o Brasil inteiro e bons pedaços do resto do mundo.

A celebração do coelhinho, por sua vez, é movida pelo perfume do chocolate que adorna os ninhos das crianças, ao invés de fogos coloridos que tiroteiam para todos os céus. Sua grandiosa e sensível pureza tem, ainda, um notável grau de originalidade e compaixão, porque nascer todo mundo nasce, mas ressuscitar apena um conseguiu. E é também notável que ele não se interessa pela morte que antecede a ressureição, mas pelo esplendor que o renascimento carrega.

Os festejos que o coelhinho resolveu chamar de Páscoa, prima pela suavidade que enche seu coração. Não tem gritaria ou poluição visual nas festas que ele prepara, senão passos organizados de momentos delicados e de bom gosto artístico, gerando tempos de meditação no lugar de libertados episódios de euforia. Sua franca voz de aleluia acorda espíritos derrubados por contradições que não são dadas aos seres humanos compreender. Com isso, muitas consciências ressuscitam junto, abrindo-se para a paz da esperança.

Além de tudo isso, o coelhinho é compreensivo e dado a respeitar os desejos alheios. Em Gramado que ele escolheu para fazer sua maior festa dentro do Brasil, alguns diziam que ele atrapalhava os movimentos dos automóveis, provocando desconfortáveis congestionamentos. Embora levando em conta que a cada fim de semana esses imensos congestionamentos acontecem, ele aceitou mudar de caminho, usando apenas três ou quatro quadras do território urbano. Tomando a decisão de encurtar espaço, os desfiles se comprometeram com a qualidade, desafio que nunca fez parte de seus temores.

O formato atual da festa que o coelhinho organizou aqui em Gramado e que batizou de Chocofest, deixa todos os filhos da terra agradecidos e orgulhosos. Mostrou que nossa cidade é palco de muitas e diferentes iniciativas, belas e grandiosas. E dessa vez, estamos oferecendo a doçura do chocolate, o sorriso das crianças e o infinito conforto que brota da ressureição de Jesus Cristo.      

Edições Antigas

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